terça-feira, 17 de agosto de 2010

Campus Jardim Botânico

Já foi mencionada nesse mesmo blog a tendência natural dos feitos animais (e consequentemente os humanos) a convergirem no sexo. A reprodução é um dos pré requisitos fundamentais para que uma espécie sobreviva à seleção natural, reprodução sexuada resulta em muitas combinações genéticas que favorecem a evolução, etc, esses seriam vários pontos que poderiam ser ressaltados a respeito de tal atitude que certamente favoreceu a permanência de alguns animais pouco lógicos (como os humanos).

Mas ainda falando sobre o curioso animal "humano", talvez uma observação bastante interessante a se fazer no que diz respeito a hábitos sexuais é o comportamento dessas criaturas em situações extremas de abstinência sexual.

Apesar da tendência a se trazer à tona certos hábitos sociais de alguns indivíduos em evidenciar a desconhecidos seus intuitos ou observações sexuais ("vem cá, gostosa!" entre outros), o que vale ser ressaltado nesse conto em particular são as consequências de tal situação no humor e nos anseios cruéis de alguns.

Talvez tenha sido por iniciativa procedente de um anseio cruel, por sua vez procedente do gosto por violar hábitos de sono alheios, que se convocou através de um aviso um grupo de alunos (entre eles Flubber®) a uma reunião em uma manhã de sábado. Seja qual for a origem desse impulso, a pessoa que marca uma reunião em uma manhã de sábado não faz sexo. Pelo menos não com a frequência que deseja. Especialmente com os convocados a acordar cedo no sábado.

E lá estavam todos sentados em bancos de acentos confortavelmente inclinados na direção errada, se apoiando nas pernas para não escorregar ao chão (talvez uma técnica para manter as pessoas acordadas). Presentes estavam físicos, químicos, matemáticos, biólogos e humanos, todos nessa odisséia acadêmica assistindo a uma palestra à qual foram convidados a comparecer obrigatoriamente. Em um momento específico, alguns professores foram convidados a se dirigirem ao microfone para declarar alguns trabalhos de seus subprojetos, e foi nesse fatídico momento que se passou o inesperado.

Lá estava Flubber® assistindo às declarações de vários professores quando, por fim, decide levantar e tomar a palavra ao microfone. Os estudantes e professores dos demais cursos observavam sem muito interesse, afinal acreditavam ser um professor, mas os pobres alunos colegas de Física observavam atônitos ao avanço gradativo desse representante de sua classe, degrau a degrau, com destino à ruína da reputação de seu curso. Tomado o microfone, iniciou seu discurso. Dizia ele:

"O trabalho desse programa é realmente excelente e interessante por levar os estudantes a seu ambiente profissional e por incentivar a troca de conhecimentos entre o ambiente acadêmico e o ambiente escolar, e vai ficar melhor quando eu assumir como King size [1].  A primeira medida a ser tomada será a compra da Universidade Federal do Paraná e o investimento massivo nas bolsas do programa, que de quatrocentos reais passará a valer mil e duzentos reais." (nesse momento, professores se entreolhavam curiosos para entender o significado de tal petulância)

Assim que o discurso terminou, Flubber®, ovacionado por seus colegas de vários cursos, retomou seu lugar e um grupo de mafiosos chineses derrubou a porta para entrar. Muito tiros e pessoas mortas depois, Flubber®, após quebrar o braço de um deles e amarrar outro com uma alça de mochila a uma cadeira para que se segurasse com as pernas para não escorregar ao chão, correu à saída ouvindo tiros atrás de si e rolando para conseguir cobertura.

Esse é um daqueles momentos em que o leitor pergunta "Sério?" e eu respondo "Não". O fato é que Flubber® estava com sono demais para aquele momento fazer sentido e sua imaginação é a grande culpada por ter passado algum tempo rindo sozinho na cadeira enquanto professores falavam ao microfone. Se alguém deve ser culpado, esse é o sujeito que declarou o recebimento por sua família de um brasão King size por parte da corte portuguesa. E se ele quiser se manifestar a respeito do texto, encare como homenagem de alguém que apreciou os quase dois minutos de vídeo.

Referências
[1] Lima, Alexandre dos S. e Azarada, Repórter, King size - Entrevista sobre as Barcas no Rio de Janeiro, Youtube, 2009.

2 comentários:

Nara disse...

Sem noção!
Fico tão feliz por você não ter feito isso! ^^

Anônimo disse...

Que boooooooooom!